
Comerciantes da avenida Brasil, em Ji-Paraná, estão tentando se organizar para realizar uma carreata em protesto ao fechamento do comércio nesta Fase 1 do plano de ação de combate à Covid-19. Se ocorrer, a iniciativa deverá ser semelhante à de Porto Velho, nesta sexta-feira (3), pela manhã, quando centenas de carros percorreram ruas da capital tocando suas buzinas. Participaram do movimento empresários e, principalmente, pequenos empreendedores que não concordam com o atual fechamento das lojas. Todos reclamavam que a decisão vai culminar em muitas demissões de trabalhadores e prejuízos ainda maiores para os negócios.
A carreata na capital saiu do Espaço Alternativo, seguiu pela Imigrantes e depois pelas avenidas Farqhuar, 7 de Setembro, Carlos Gomes e foi em direção ao CPA, a sede administrativa do governo estadual.

EM JI-PARANÁ VÁRIOS LOJISTAS se mostraram muito irritados com a presença de fiscais do Procon acompanhados de policiais militares de fiscalização na manhã de hoje (3), na Avenida Brasil. Os lojistas compreendem que é preciso conter o avanço do novo coronavírus e evitar aglomerações, mas alegam que isto não está ocorrendo no comércio da cidade, porque os estabelecimentos estão cumprindo os protocolos de segurança, evitando lotações excessivas e usando álcool em gel na entrada.
Os dados desta sexta-feira da prefeitura de Ji-Paraná atestam que a cidade está com 549 casos confirmados, 2.940 notificações, 427 casos suspeitos, 1.949 casos descartados, 331 pessoas curadas e 12 óbitos.
A prefeitura até o momento não emitiu nenhum comunicado sobre esta situação e limita-se a seguir o que determina o decreto do governo do estado, que enquadrou 23 cidades na Fase 1 do “Plano Estadual de Contingenciamento e Enfrentamento ao Coronavírus”. Na nota, na qual comunicou a reclassificação da cidade, o prefeito deixou claro que não concorda com o fechamento do comércio, mas que, de forma obediente, cumpre a determinação da esfera estadual. A comunicado da prefeitura ressalta que o “Poder Público Municipal, em parceria com órgãos fiscalizadores e entidades representativas da classe empresarial, tem tomado todas as providências possíveis, e cumprido todas as exigências estabelecidas pelos órgãos de controle e de saúde, tanto que a cidade encontra-se em cenário estável com o número de casos ativos, configurando abaixo da linha de projeção de contaminação do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conforme gráfico disponibilizado pelo órgão”.
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