Famílias ribeirinhas de Cacoal também foram surpreendidos na tarde de sábado (17) com o transbordo dos rios Pirarara e Tamarupá. A enchente causou alagamentos em algumas residências, mas nenhuma família precisou ser retirada de casa.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Pedro Buralli, não foi registrado nenhum pico de chuva no município nesse dia. O problema foi a água recebida nas cabeceiras dos rios, vinda de outras localidades.

A diarista Elizete Miranda, de 40 anos, foi uma das prejudicadas com a enchente. Há cerca de cinco meses ela está morando em uma casa de madeira cedida pelo proprietário, construída ao lado do Rio Pirarara. Dentro da casa não haviam muitas coisas, porém o pouco que ela tinha a água destruiu.
“Quando eu percebi que a água invadiria minha casa eu sai e fui para baixo de um pé de árvore, onde fiquei até por volta das 16h, quando o rio realmente baixou. Dormi na cama molhada. Perdi o pouco de roupa que tinha, o colchão e alimento. Hoje não tenho nem o que comer”, contou a mulher.

“Na primeira hora o rio subiu 45 centímetros, na segunda hora foram 23 centímetros e na terceira 15 centímetros. Ficamos o tempo todo com os moradores acompanhando a evolução dessa enchente e prestando a assistência que fosse necessária. Por volta das 23h o rio voltou a normalidade”, contou Buralli.
NO CASO DO RIO TAMARUPÁ, Buralli explica que o alagamento não teve relação com o Rio Pirarara. Ele acredita que algumas barragens tenham se rompido. Nesse caso foram apenas dois picos de alagamento, mas que não invadiram residências.
Segundo o secretário municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast) Elias Moiséis, apesar do susto, nenhum morador necessitou ser retirado das residências e nem solicitou apoio para a retirada de móveis. Porém caso seja necessário, o órgão já tem locais disponíveis para abrigar essas famílias.
“Não acreditamos que terão novos alagamentos, porém, caso haja, os moradores atingidos que necessitarem serem retirados das residências serão levados para o Ginásio de Esportes, onde receberão a assistência necessária da prefeitura”, garantiu Moiséis.
Assim como a diarista Elizete, outras famílias que necessitarem serão atendidas pela Semast, com a disponibilidade de alimentos e outras demandas que necessitem. As áreas atingidas continuam sendo monitoradas pela Defesa Civil, mas o coordenador tranquiliza os moradores, dizendo que não há previsão de novas enchentes.
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